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Com Imbassahy no ministério, PSDB amplia poder no governo Temer


O presidente Michel Temer decidiu nomear para a secretaria de governo o deputado Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara, com a expectativa de ampliar a sua base de apoio no Congresso. A medida visa facilitar a aprovação de medidas do ajuste fiscal em 2017, entre elas a reforma da Previdência, além das mudanças nas leis trabalhistas.
O baiano Imbassahy vai substituir o conterrâneo Geddel Vieira Lima, que deixou o cargo acusado de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para liberar a construção de um edifício em Salvador, onde tem imóvel. A pasta que Imbassahy deverá assumir antes da virada do ano ganhará mais poderes e atribuições administrativas, além da articulação política com o Legislativo e outros segmentos políticos.
A ida de Imbassahy para o principal núcleo de decisão política do governo terá um preço. Em troca de mais poder, o PSDB se comprometeu a apoiar a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiado pelo Palácio do Planalto para continuar no cargo. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, negociou o apoio do partido a Rodrigo Maia em troca de maior participação da legenda no governo Temer. Ex-prefeito de Salvador (1997/2005), Imbassahy chegou a ser cotado para concorrer ao cargo de Rodrigo Maia nas eleições internas de fevereiro.
Com essa manobra, Temer garante amplo apoio no Congresso para aprovar as reformas propostas pelo governo. Imbassahy será o quarto ministro tucano no governo. Hoje o PSDB ocupa o ministério das Relações Exteriores com o senador José Serra, o ministério das Cidades com o deputado Bruno Araújo (PE) e a pasta da Justiça, ocupada por Alexandre de Moraes, ex-secretário de segurança de São Paulo e indicado pelo governador Geraldo Alckmin.
Com 48 deputados e 12 senadores, o PSDB é a terceira bancada na Câmara e a segunda força no Senado. O partido já exerce forte influência na política econômica com a presença de importantes quadros do partido na equipe econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que é uma espécie de tucano do PSD.