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Após decreto, Forças Armadas já atuam na segurança pública do Rio


Cerca de 100 homens do Exército circulam na Washington Luis, em Duque de Caxias (Foto: Cléber Júnior/Extra/Agência O Globo)


Caminhões-tanque e homens do Exército já podem ser vistos circulando pelas ruas nesta sexta-feira (28) da região metropolitana do Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 10 mil agentes federais de segurança atuarão no Estado até o final deste ano --com prazo prorrogável até dezembro de 2018-- para combater a violência no Estado.

Os primeiros reforços na segurança pública da região tomaram posição no início da tarde de hoje no Arco Metropolitano, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, entre outras rodovias e vias importantes da região metropolitana. Apesar de o foco da atuação dos militares não ser desta vez o patrulhamento das ruas, diferentemente das operações na Copa e Olimpíadas, os militares fazem neste momento um trabalho de reconhecimento da área visando ações futuras.

A medida foi autorizada pelo presidente Michel Temer (PMDB), por meio de um decreto GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O procedimento é necessário para a atuação das Forças Armadas em ações de segurança pública, que é competência do Estado.

De acordo com o decreto, os militares poderão participar das ações até 31 de dezembro. Apesar de o prazo do decreto se encerrar neste ano, o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), esclareceu que os militares ficarão até o final de 2018. Ele explicou que a data do decreto, com término em dezembro de 2017, se deve a questões orçamentárias relacionadas ao ano fiscal.

Entre as últimas vezes que o Exército atuou como força de segurança, estão ações na Copa do Mundo, em 2014; na Olimpíada, em 2016; e nas eleições. Segundo o Ministério da Defesa, de 2010 a 2017, foram realizadas 29 ações de garantia da lei e da ordem. Nessas ações, as Forças Armadas agem em área restrita e por tempo limitado a fim de garantir a integridade da população e o funcionamento das instituições.

Segundo Jungmann, os 8.500 homens das Forças Armadas se somarão a 620 agentes da Força Nacional, a 380, da PRF (Polícia Rodoviária Federal) --anunciados recentemente como reforço--, e a 740 agentes locais dessa corporação. Os militares já se encontram no Estado. Segundo ele, o foco das ações será a região metropolitana do Rio.

O ministro não especificou como serão as ações, que integram o Plano de Nacional de Segurança, mas que os agentes irão auxiliar as forças de segurança locais. As tropas armadas, afirmou o ministro, irão atuar com o "elemento surpresa", de acordo com a necessidade das polícias do Rio.

"Quem vai orientar a nossa ação é a polícia. Nós estamos no Rio em busca de segurança e paz, mas sabemos que haverá reação. Nossa mensagem é: ´Não vamos recuar´."
Fonte: UOL