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Lula é a Força ou a Forca do Povo?




O Brasil é um País ingovernável sob hegemonia do Crime Institucionalizado. A corrupção é sistêmica. O debate democrático inexiste ou é pobre, focado em conceitos errados. O radicalismo é a tônica do discurso. A intolerância dirige as atitudes políticas. Seguimos prisioneiros das idéias equivocadas e das ideologias fora do lugar. A violência se banaliza, assume tons populistas e sai de controle. A mera repressão não fecha a fábrica de bandidos – tanto do colarinho branco quanto da ala pé-de-chinelo.

A visão culturalmente dependente do Estado-Ladrão nos empareda. Somos presas fáceis da cultura da roubalheira. O modelo Capimunista Rentista se reinventa. Os poderes, no máximo e a contragosto, aceitam reformas. Não querem transformações estruturais. O ritmo da desintegração forçará as mudanças. A Intervenção Institucional é imprescindível. Mas só acontecerá se houver um debate para formular um inédito Projeto Estratégico para o Brasil, com base na Segurança do Direito e que defina rumos à Nação. Do contrário, a bagunça pode abrir caminho para algum golpe populista, extremista.

A Constituição de 1988 caducou. Quase nada se revolve pacificamente, com base no cumprimento estrito e consciente da Lei. Isto é inviável em função do regramento excessivo. Em vez de cumprir, interpreta-se a legislação. Roubalheira e impunidade temperam as relações públicas e privadas. Tal vício gera a judicialização de tudo, sobretudo a mais perigosa delas, a da política. A guerra de todos contra todos os poderes é derivada da avacalhação do processo político – que deveria ser o legitimador da prática republicana nas relações entre as pessoas, empresas e a máquina estatal.

O Brasil é uma piada pronta e sem graça. Apesar de todo o desgaste de imagem, na base do clientelismo que compra votos (de parlamentares e eleitores), Michel Temer tem grandes chances de seguir na Presidência. A tendência é que a base aliada conseguirá impedir que a Procuradoria Geral da República receba autorização da Câmara dos Deputados para que o Presidente da República seja processado por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal. Em meio a novas denúncias com mais delações premiadas, Michel Temer seguirá até seu fim. O problema é que no meio do caminho tem uma eleição.