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Janot, o homem que escancarou o podre da nossa roubada República

Foto: Lula Marques/ Agência PT
Foto: Lula Marques/ Agência PT

Procurador mostrou que acusadores de petistas eram santos do pau oco. Detonou Temer, Aécio Neves e Geddel, alternando o bastão da corrupção em todas as mãos


Rodrigo Janot deixou ontem o comando da Procuradoria-Geral da República como um alívio para Temer e Cia, que o elegeu carrasco-mor, também alvo do ministro Gilmar Mendes, que disse ser ele “o mais despreparado que já passou pela PGR”.
Para a sorte de Janot, Gilmar Mendes não é autor a ser seguido nem pelas viúvas do PT e nem pelos que querem um Brasil vivendo a plenitude das suas liberdades, mas com saúde ética, que anda na UTI.
Se é mérito ou não, decida você, mas um fato é que ninguém pode tirar o protagonismo de Janot em mostrar que os arautos da moralidade contra os escândalos envolvendo petistas eram santos do pau oco. Ou Satanás pregando quaresma, tanto faz.
Detonou Temer, Aécio Neves e Geddel, alternando o bastão da corrupção em todas as mãos. Mostrando que a representação política no Brasil, da forma como vinha sendo construída, apodreceu.
E agora, no pós-Janot, o que fazer para sair do atoleiro? Eis a questão: ninguém sabe, não há caminhos visíveis. Mas, como diz o próprio Janot, a história se encarregará de apontar os seus acertos e desacertos.