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Caso Andreza Victória: filho de PM pode ir a júri popular

[Caso Andreza Victória: filho de PM pode ir a júri popular]
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Nesta quinta-feira (1º), no Fórum Criminal, localizado no bairro de Sussuarana, em Salvador, aconteceu a primeira audiência de instrução sobre o caso que envolve o filho de um sargento da Polícia Militar, Adriel Montenegro dos Santos, 21 anos, principal suspeito de ter matado a adolescente Andreza Victória Santana da Paixão, 15 anos. 
Pela primeira vez, testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas. Na oportunidade, Adriel também prestou depoimento. Esta audiência estava marcada para dezembro.
Adriel é acusado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de ter cometido homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, feminicídio e porte ilegal de armas. A próxima audiência está marcada para o dia 27 de março.
Para reportagem da Record TV Itapoan, a defesa que representa a família da adolescente afirmou que o jovem pode ir júri a popular por ele ter histórico de violência e já ter respondido por crime de porte de arma.

- O Caso
O crime ocorreu há 11 meses, quando a vítima foi morta com um tiro na nuca na varanda da casa do suspeito, na Rua do Bispo, em Nova Brasília de Itapuã. O pai de Adriel, o sargento da Alberilo Junior, foi quem socorreu Victoria depois que ela foi baleada na varanda da casa.
A polícia afirma que eles namoraram por dois anos, mas que Adriel não aceitava o fim do relacionamento. Victória foi vista com vida pela última vez quando deixou a Colégio Rotary, na ladeira do Abaeté, para ir até a casa do ex-namorado. Segundo uma amiga da vítima, o casal estava separado havia oito meses. 
Inicialmente, Adriel afirmou que o tiro foi acidental, mas em setembro do ano passado, ele mudou a versão e disse que foi legítima defesa. Em depoimento a delegada Rosimar Malafaia, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), ele disse que ao sair do banho se deparou com a ex-namorada apontando a arma em sua direção. O acusado ainda relatou que teria tentado pegar o revólver calibre 38, que já estava engatilhado, da mão da estudante, quando houve o disparo. 
Sobre o porte da arma, um revólver calibre 38, o advogado dele disse que na época que o casal namorava, ele comprou uma arma porque tem um parentesco com uma pessoa que fez parte de uma facção e o local que Andrezza morava era de outra facção e ele tinha que levá-la em casa a noite. 
Durante o depoimento, Adriel também contou que após o crime, vendeu a arma na Feira do Rolo, mesmo local onde a adquiriu, pelo valor de R$ 1 mil.
Adriel já foi preso em flagrante, em 2014, na companhia de outros dois amigos, com armas. De acordo com a polícia, na época, o trio pretendia roubar veículos no bairro de Itapuã. Os acusados foram encaminhados para a 12ª Delegacia. Ele também chegou a ser o Cinco de Copas do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).