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Bandidos do Rio agora atacam unidades de saúde - e usam a população


Batata com pregos usada para atacar UPA no Alemão
Batata com pregos usada para atacar UPA no Alemão (Reprodução)
Com policiais sob ataque no Complexo do Alemão, onde bandidos invadiram uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e atiraram contra ambulâncias na noite de segunda-feira, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, solicitou nesta manhã auxílio ao governo federal e à Justiça. Pezão fez contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com a presidente do Tribunal de Justiça (RJ) do Rio, desembargadora Leila Mariano, para articular a transferência de criminosos presos no Rio para unidades federais, longe do Estado. Um pedido de transferência será enviado nesta tarde ao TJ.
O objetivo é afastar do Rio bandidos apontados como mandantes de ataques às Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e de assassinatos de policiais, como a soldado Alda Rafael Castilho, morta em fevereiro. Os três criminosos que terão a transferência pedida são Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná, e Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D, e Ramires Roberto da Silva. Piná e 2D foram presos em Búzios, no último dia 21. Ramires foi capturado por PMs da UPP do Parque Proletário, na Penha, Zona Norte do Rio.
Sob o pretexto de “protestar”, bandidos têm comandado ataques em áreas com UPPs. Ao longo da última noite e madrugada, quatro ônibus foram incendiados. A gravidade da situação está, no momento, tanto na intenção dos bandidos como na forma como moradores estão sendo envolvidos na estratégia criminosa. No Alemão, o que seria uma “manifestação” evoluiu para uma invasão a uma unidade de saúde, a UPA do complexo de favelas. De acordo com o jornal Extra, uma família com duas crianças, uma de 3 anos e a outra com apenas 3 meses, ficou encurralada por criminosos no início da madrugada. Uma ambulância tentou resgatar a família, pois uma das crianças estava recebendo medicação na veia devido a um problema de baixa imunidade. As duas crianças têm suspeita de contaminação da gripe H1N1. A ambulância, ao se aproximar do local, foi atacada a tiros e os profissionais de saúde tiveram que recuar.