Na calada da noite, STJD intervém no TJD-BA
Na
“surdina”, o auditor do STJD, Paulo Salomão, decidiu intervir no TJD-BA
e marcar sessão para eleição no órgão na próxima terça-feira (08). O
fato revoltou o atual presidente do Tribunal da Bahia, Dr. João Paulo
Oliveira e os demais auditores, que foram notificados da decisão através
de um edital de ordem do administrador provisório do TJD-BA, justamente
o Dr. Paulo César Salomão Filho, direto do Rio de Janeiro para a
secretaria do órgão na Bahia.
A sessão está marcada para a próxima terça-feira (08), às 13h, no edifício Palácio dos Esportes, Centro de Salvador.
Com
a renúncia de 4 dos 9 auditores do TJD-BA, novos membros deveriam ter
sido indicados como substitutos, mas segundo o auditor Domingos Arjones,
“a estratégia passa pelo presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, que
pretende indicar nomes provisórios e fazer maioria para eleger um nome
de sua preferência”.
No
edital que marca as eleições, o Dr. Paulo Salomão deixa clara a
situação denunciada por Domingos Arjones. No primeiro item da pauta está
a posse dos novos membros indicados ao cargo de auditor do pleno ou dos
auditores provisórios designados pela Federação Bahiana de Futebol.
Surgem algumas indagações:
1 – Porque a FBF teria que indicar auditores provisórios?
Obs.
As indicações teriam que ser feitas pelo sindicato dos árbitros, pela
OAB, pelos Clubes e pela FBF, um indicado por cada instituição citada.
2
– Essas instituições foram citadas para que indicassem um representante
antes dessa sessão do dia 08 de abril, ou não foram comunicadas de
propósito para que, não indicando, a FBF o faria de forma provisória
como quer o interventor Paulo Salomão?
Curiosamente,
o auditor do STJD, Paulo Salomão, foi o mesmo que recentemente cassou a
liminar da procuradoria do TJD-BA que mudava a forma de sorteio dos
árbitros no futebol baiano. A decisão dele no Rio de Janeiro também foi
monocrática e com tamanha rapidez, que sequer deu tempo de distribuir o
processo entre os demais membros do STJD.
O
presidente do TJD-BA, Dr. João Paulo Oliveira, destituído de surpresa
por uma decisão monocrática do STJD promete adotar todas as medidas
cabíveis, inclusive judiciais para a restituição da legalidade no
Tribunal de Justiça da Bahia.