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Caso New Hit: recurso de acusados de estupro será julgado nesta terça (15)

O Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA) retoma nesta terça-feira (15), às 13h30, o julgamento do processo que envolve nove músicos da banda de pagode New Hit e um ex-policial militar. Todos os citados no processo são acusados de envolvimento em um estupro coletivo que ocorreu em 2012, após um show da banda na cidade de Ruy Barbosa, no Centro-norte baiano.
O julgamento, que aconteceria dia 8 de agosto, foi adiado para hoje  após pedido de um dos oito advogados de defesa da banda. Em maio de 2015, os envolvidos no processo foram condenados a 11 anos e oito meses de reclusão por estupro qualificado. Os réus entraram com recursos e, desde então, aguardam o julgamento dos pedidos em liberdade.
Condenados a 11 anos de prisão, integrantes da New Hit devem permanecer em liberdade
(Foto: Divulgação)
Após a acusação de estupro a banda New Hit deixou de fazer shows. A denúncia, apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) afirma que na madrugada do dia 26 de agosto de 2012 os integrantes do grupo de pagode abusaram sexualmente de duas adolescentes que tinham 16 anos à época.
De acordo o MPE, as adolescentes foram violentadas dentro de um ônibus estacionado na Praça Santa Tereza, no Centro de Ruy Barbosa, com uso de "extrema violência" e "em alternância". Os acusados foram presos em flagrante na mesma madrugada.
As duas adolescentes viajaram de Itaberaba para Ruy Barbosa para participar de uma micareta e no final do show da New Hit foram até a banda pedir autógrafos e tirar fotos. Nesse momento, um dos músicos sugeriu que elas fossem até o ônibus, onde os abusos aconteceram.
Além do estupro, o MPE diz que as jovens sofreram agressões físicas e foram xingadas. Laudos da perícia encontraram sêmen de pelo menos seis integrantes da banda nas roupas das jovens.
A sentença
A sentença foi expedida em 6 de meio de 2105 pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Crime de Ruy Barbosa, onde aconteceu o crime,  e divulgada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
De acordo com a decisão, Alan Aragão Trigueiros, o Alanzinho, 27 anos, Carlos Frederico Santos de Aragão, 31, Edson Bomfim Berhends Santos, o Netinho, 32, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, o Dudu, 22, Guilherme Augusto Campos Silva, o Guiga, 23, Jefferson Pinto dos Santos, 27, Jhon Ghendow de Souza Silva, 23, Michel Melo de Almeida, 23, Wenslen Danilo Borges Lopes, o Gagau, 24, e Willian Ricardo de Farias, o Brayan, 22, deveriam cumprir a mesma pena, inicialmente, em regime fechado.
Mas os músicos e dançarinos estavam em liberdade e, de acordo com a sentença, ficariam soltos até que o processo transite em julgado, ou seja, até que todos os recursos sejam esgotados. A juíza justificou a decisão com base no comportamento dos réus. “Os acusados se encontram em liberdade, tendo acorrido a todos os chamamentos que a eles foram endereçados, razão pela qual, à míngua dos motivos autorizadores da custódia cautelar, concedo-lhes
a benesse de aguardarem em liberdade”, informava a sentença.