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Lava Jato balança a toga – que sacode magistrado



Gilmar Mendes e qualquer magistrado devem ter o direito de se manifestar sobre qualquer assunto. Só não é eticamente recomendável que faça comentários sobre julgamentos que estiverem sob sua responsabilidade. O direito à livre expressão deve ser de todos – independentemente de estar escrito na Constituição. Se não for assim, tecnicamente estaremos sob uma ditadura. A toga não pode sacudir um supremo magistrado, da mesma forma como o rabo não deve balançar o cachorro. A não ser que tenhamos nos acostumado com a corrupção sistêmica – como bem reclamou o ministro Luiz Fux.

A conivência e a tolerância com a corrupção diminuem. Pelo menos fica no ar a sensação. O curioso é que, no Brasil, algo eticamente reprovável como a “deduragem” foi o atalho para apanhar os corruptos profissionais. Sem a transação penal, a Força Tarefa do Ministério Público Federal não teria identificado como realmente funcionava o mega esquema de roubalheira. Em meio a uma guerra institucional de todos contra todos, a delação premiada permitiu que um canalha denunciasse sua rede de comparsas. O tempo ajudará a avaliar se o procedimento fez justiça ou se viabilizou a jagunçagem e o rigor seletivo tão comuns no Brasil da imunidade.


Agora, o bicho está pegando como nunca antes na história deste País. A cúpula da politicagem aloprou e se apavorou com a nota da defesa de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, acerca da denúncia apresentada ao STF pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O rolo mexe com os poderosos José Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros, além de mais 6 investigados. O recado foi que: ”A defesa de Machado informa ainda que ele continua colaborando com a Justiça.