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Xingar o adversário, a doença que infesta nossas campanhas

Brasília - Deputados em clima de tensão no plenário durante sessão para votar parecer de denúncia contra Temer (Wilson Dias/Agência Brasil)
Brasília – Deputados em clima de tensão no plenário durante sessão para votar parecer de denúncia contra Temer (Wilson Dias/Agência Brasil)

Tão encruada a corrupção está no jogo político brasileiro que gerou um subproduto, o jogo baixo nas disputas eleitorais, em que prevalecem xingamentos e impropérios entre candidatos, um apontando o outro.
Apontando com os dedos sujos, ressalte-se. Um dos méritos da Lava Jato é o de desnudar o submundo do jogo, mostrando que o problema da corrupção é sistêmico, é de todos, ninguém escapa. O que se está querendo saber é a dose.
Ora, um jogo político saudável deveria ser o debate de pautas coletivas, um diagnóstico preciso do presente e a busca dos caminhos para resolver problemas da sociedade, entre eles, o mais importante, o de forjar uma consciência coletiva do bem, educar.
Em vez disso, virou moda chamar o inimigo de ladrão apenas para tomar-lhe o lugar. A palavra de ordem é denunciar.
E tudo indica que ainda vai demorar algumas gerações até o ajuste. Os núcleos acadêmicos, que deveriam dar o exemplo, entraram na dança. Veja a eleição para reitor da Uneb, que acontece dia 3.
O reitor, José Bites, tenta a reeleição contra a vice-reitora Carla Liane e o professor Valdélio Silva. A campanha beira a baixaria. É só ir lá conferir. Hoje tem debate.