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"Eles não fazem nada", diz deputado Jair Bolsonaro sobre os quilombolas




Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na TV Bandeirantes, veiculada neste domingo (22), o deputado e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL-RJ), insinuou que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge poderia ser contra a candidatura dele. Ela o denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação dos crime de racismo contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.
Bolsonaro lançou novas críticas aos quilombolas afirmando que eles não fazem nada.
“Quanto aos quilombolas, eu tenho imunidade total por quaisquer palavras, opiniões e votos. Eu gostaria que a ilustríssima senhora Raquel Dodge nos acompanhasse, tem que ser nesta semana, semana que vem não vale mais, neste quilombola que eu fui, em Eldorado paulista, para ver o desperdício de recursos, maquinários abandonados. Eles não fazem absolutamente nada. É uma realidade”, afirmou, dizendo que, após a visita, Dodge iria dar razão a ele.
Denuncia:
Dodge apresentou na denúncia que, durante palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril do ano passado, em pouco mais de uma hora de discurso, “Jair Bolsonaro usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”.
Para a procuradora, a conduta do presidenciável é “ilícita, inaceitável e severamente reprovável”.
A acusação menciona uma frase de Bolsonaro para ofender os quilombolas: “Eu fui em um quilombola em Eldorado paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”.