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Ex-diretor da Caixa recebeu propina de empresas do setor elétrico

Foto: Divulgação
Alvo das operações “Sépsis” e “Cui Bono?”, que investigam fraudes na Caixa Econômica Federal, o ex-superintendente de Fundos de Investimento Especiais do banco, Roberto Madoglio, admitiu em delação ter recebido propina no valor de R$ 10 milhões para beneficiar três empresas do setor elétrico: Grupo Rede, J. Malucelli Energia e Hidrotérmica.
De acordo com o Estadão, as companhias receberam, por meio de aportes, ao todo, R$ 1,2 bilhão do FI-FGTS, um fundo de investimento formado com parte do dinheiro depositado na conta dos trabalhadores.
No acordo, Madoglio se comprometeu a devolver R$ 39,2 milhões, dinheiro ilícito que inclui as propinas das corporações do setor elétrico e de outras áreas.
Apenas no caso que envolveu a J. Malucelli, o ex-diretor da Caixa relatou ter recebido R$ 500 mil das mãos do empresário Alexandre Malucelli para ajudar a garantir um aporte de R$ 300 milhões. Atualmente, o FI-FGTS é dono de 40% da companhia.
Em defesa, a empresa enviou uma nota à redação do Estadão:
A J. Malucelli Energia informa que as declarações são levianas, sem conteúdo probatório e contraditórias com a regularidade e parâmetros técnicos atestados pelo próprio delator, que não sabe precisar nem onde nem quando a alegada conversa ocorreu, bem como não sabe precisar e nem comprovar se o valor foi pago . A empresa informa ainda que todas as cláusulas do contrato estão sendo cumpridas e todos os investimentos aprovados e auditados, conforme será comprovado junto às autoridades competentes para os fins legais e judiciais cabíveis.