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Vaccarezza oferece como fiança dois imóveis localizados no município de Candeal, na Bahia


Os advogados do ex-deputado Cândido Vaccarezza (sem partido-SP) encaminharam documento ao juiz federal Sérgio Moro alegando que, apesar de ele não estar em estado de penúria, não tem condições de pagar a fiança de R$ 1,5 milhão determinada pelo magistrado.
"O requerente é médico. Jamais alegou que se encontrava em estado de penúria. É um brasileiro de classe média. O que ocorre é que o juízo pressupôs que o requerente teria capacidade financeira para dispor de mais de um milhão e meio de reais em espécie para fazer frente ao recolhimento de uma fiança", afirmam os advogados.
A defesa de Vaccarezza, segundo o G1, afirma que Vaccarezza não conseguiu empréstimo para fazer o depósito do valor e, como alternativa, oferecem dois imóveis rurais da mãe do ex-deputado no valor de R$ 1,8 milhão, localizados no município de Candeal, na Bahia.
A defesa também comenta a campanha eleitoral de Vaccarezza ao cargo de deputado federal e afirma que o projeto não significa que ele tenha recursos para pagar a fiança.
"O fato do requerente ter deflagrado uma campanha a um mandato eletivo também não pode ser tido como indício de que teria condições de fazer frente ao adimplemento da fiança", complementam os defensores.
No final de julho, Sérgio Moro pediu que o Ministério Público se manifestasse sobre uma "vaquinha virtual" aberta por Vaccarezza para arrecadar recursos para sua campanha a deputado federal.
Em agosto, o MPF respondeu dizendo que o ex-deputado deveria pagar a fiança no prazo de cinco dias, sob pena de perder os benefícios das medidas cautelares impostas como alternativa à prisão.
Neste processo, Cândido Vaccarezza é investigado pela suposta participação em esquema de corrupção envolvendo a empresa Sargeant Marine e a Petrobras. O ex-deputado foi denunciado pelo MPF após a deflagração da 44ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Abate.