Rádio Web Ferraz

Últimas notícias

Mãe acusa professora de ‘humilhar’ filho com dificuldade de aprendizado em Simões Filho

Uma situação um tanto quanto incomum tem causado revoltada em familiares de um aluno da rede municipal de ensino de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em contato com a redação do Simões Filho Online, parceiro do Aratu Online, na manha desta sexta-feira (23/11) a dona de casa Angélica Santos, de 25 anos, revelou que seu filho, uma criança de apenas 8 anos de idade, que tem dificuldades de aprendizado, está sendo “constrangido pela própria professora”.
O caso tem acontecido na Escola Municipal Profª Hermelina Souza, localizada no bairro de Pitanguinha Nova, onde a família da criança também reside. Para preservar os direitos do menor, o nome do aluno não será divulgado.
De acordo com a mãe, o garoto, que cursa ainda a primeira série da educação infantil, está bastante atrasado, não só apenas pelas suas dificuldades pessoais, mas também pelo fato de ter passado o ano de 2017 praticamente inteiro sem professor em sua turma. No entanto, a profissional que acompanha o estudante atualmente não compreenderia as necessidades da criança, ou simplesmente faz questão de humilhá-lo escrevendo frases irônicas no caderno dele.
“Não é de agora que isso acontece. No ano passado ele não estudou praticamente o ano todo, porque não tinha professor para a turma dele, por isso ele foi reprovado. Agora, ela quer que o menino aprenda desta forma. Eu fiquei muito triste, não vou mentir”, comentou a mãe.
Segundo a mãe, ela não se importa de ser chamada a censurar seu filho com relação às distrações dele, ou por ele ficar conversando “além da conta” com os colegas de sala, mas no que se refere à abordagem da professora para com o desempenho do aluno, para a mãe é uma situação muito constrangedora, o que acaba abaixando a autoestima da criança.
“O que eu acho errado é esse tipo de coisa, dela ter escrito isso no caderno do menino. Pelo amor de Deus, ele ainda não sabe lê e escrever e precisa de ajuda – ele não precisa de frases irônicas”.
A mãe explicou que não é a primeira vez que o filho vem sendo constrangido na escola e disse que às vezes o menino chega desanimado em casa, se sentindo inferior aos outros, porque não consegue acompanhar o desenvolvimento da turma.
“O meu filho já me disse que ela coloca o exercício no quadro e quando os colegas dele terminam de copiar ela apaga sem que ele tenha terminado, por isso as atividades dele ficam incompletas. Ele tem muita dificuldade e agente sabe disso”.
Angélica informou que preferiu não revelar o nome da docente para que o filho dela não seja ainda mais discriminado até o final do ano, porém, segundo ela, um advogado a orientou a procurar profissionais para que medidas judiciais sejam tomadas contra a docente ou, até mesmo, contra o município.
Para a mãe, é aceitável que a docente algumas vezes fique chateada com o fraco desempenho do garoto, mas daí expor a criança ao ridículo é inaceitável. Ela também declarou que a escola tem interesse na aprovação da criança para o segundo ano, mesmo que o menino não tenha condições de avançar.