Adiada audiência que apura morte de professora de dança atropelada por médica em março de 2018
Foi adiada a terceira audiência de instrução do processo que apura a morte da professora de dança Geovanna Alves Lemos, 41 anos, ocorrida há no dia 15 de março de 2018. A vítima foi a óbito pós a moto em que estava ser atingida bruscamente pelo carro, modelo Kia Sportage, conduzido pela médica Rute Nunes de Oliveira Queiroz, na Avenida ACM.
A sessão estava marcada para manhã desta terça-feira (20), às 9h, na 16ª Vara Criminal de Salvador, no Fórum de Sussuarana, quando seriam ouvidas as testemunhas de acusação. A audiência foi remarcada para o dia 29 de outubro, às 9h. O motivo do adiamento foi pela ausência da juíza que está auxiliando no processo, que precisou comparecer a outro compromisso.
A expecativa dos advogados de acusação é que, na data citada, seja realizada a última sessão de instrução. Em contato com a reportagem do BNews, o advogado da professora, Hermano Gottschall, destacou que a defesa da médica se comprometeu em levar todas as testemunhas a fim de evitar outros adiamentos. "Acreditamos que será a última audiência e a partir daí é julgamento".
Para Gottschall, Ruth poderá ser condenada de 2 a 4 anos de detenção, além da suspensão ou proibição do direito de dirigir veículo automotor. "Estamos diante de um crime bárbaro. Uma médica que vinha trafegando em alta velocidade, fazendo uso de telefone celular e atingiu uma motocicleta levando a óbito essa passageira de maneira estúpida", disse.
Ainda em contato com a reportagem, o defensor da família de Geovana fez questão de pontuar que outro processo está em andamento para que acusada possa compensar financeiramente à mãe da vítima. "Existe paralela à demanda crime, uma ação reparatória cível para família, que visa compensar financeiramente a família e a médica vive se esquivando disso, protelando o andamento do processo, sem dar qualquer tipo de atenção a isso", enfatizou.
A médica chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) e responde a ações Pública Penal, por homicídio culposo e deixar de prestar socorro; e Cível, que prevê reparação moral e indenizatória para a mãe da vítima. Geovanna era filha única e principal provedora da família.