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Desembargador usa exemplo de Jesus para dar bronca em advogado que errou saudação

Desembargador usa exemplo de Jesus para dar bronca em advogado que errou saudação
Foto: Divulgação
O desembargador Camilo Léllis dos Santos Almeida, presidente da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu uma bronca em um jovem advogado que errou a ordem das saudações em uma audiência, na última terça-feira (24).

De acordo com informações da revista Veja, durante a sustentação oral, momento no qual os profissionais do direito se dirigem aos julgadores e procuradores, o advogado identificado como Moises saudou primeiro os membros do Ministério Público e depois os magistrados. Em sua fala, ele menciona que o julgamento de Jesus Cristo é tido como o maior erro do Judiciário, mas que os homens são passiveis de falhas.

Segundo a revista, em reação, antes de abrir o pronunciamento para os procuradores o desembargador deu a bronca no advogado, usando o mesmo exemplo que ele. Léllis afirmou que primeiro ele deveria cumprimentar Cristo para depois se dirigir aos discípulos, e não o contrário. 

“O desembargador foi bastante irônico. Apesar de ser praxe cumprimentar os juízes em primeiro lugar, o advogado faz do jeito que bem entender. Foi o maior constrangimento para o rapaz, que parecia inexperiente”, comentou um advogado presente na sessão pública, pedindo para não ser identificado.

Em nota, o desembargador afirmou que não teve a intenção de se comparar a Jesus, e que  apenas usou a mesma figura de linguagem de Moises. “A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, em razão da indagação feita pelo repórter da revista Veja São Paulo, esclarece que na sessão da 4ª Câmara de Direito Criminal, realizada hoje (25*), não houve bronca do desembargador Camilo Léllis em um advogado que fez sustentação oral. Segundo o desembargador, não há de se falar em qualquer tipo de comparação, depreciação ou exaltação aos integrantes da Câmara de Julgamento ou a integrantes do Ministério Público. Por se tratar de advogado novo – e talvez levado pelo nervosismo da oralidade –, na hora dos cumprimentos, o advogado não se dirigiu aos desembargadores integrantes da Corte, fato corriqueiro nas muitas sessões de julgamento que ocorrem todos os dias no Tribunal de Justiça. A título de orientação, o desembargador Camilo Léllis, que sempre trata a todos com respeito e educação, usou a mesma figura utilizada pelo advogado em sua explanação para direcioná-lo à mesa julgadora em uma próxima ocasião. Em nenhum momento o magistrado pretendeu se comparar a Jesus e se escusa caso tenha passado essa impressão ao repórter”, diz a nota oficial enviada à revista.