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Feira de Santana registra três homicídios no fim de semana; PM faz balanço de atuação na cidade

 

Feira de Santana registrou, neste fim de semana, três homicídios. O número, destaca o chefe da coordenação de planejamento operacional e decisões estratégicas (CPODE), tenente coronel Gilson Paixão, representa uma redução de 90%, quando comparado aos homicídios registrados na cidade durante os fins de semana anteriores.

'A nossa ideia é de que não morra ninguém, mesmo que bandido, que eles cumpram a pena nos presídios, temos trabalhado em consonância com o coordenador da polícia civil e diretor do presídio para monitorar bairros e indivíduos para que tenhamos um número cada vez menor de homicídios. Não podemos assumir a segurança pública sozinha, ela perpassa por questões sociais, por desemprego, por outros órgãos de fiscalização, as armas, por exemplo, não nascem em Feira, ela vem de outros países, a PM está fazendo seu papel dentro da cidade e esperamos que os outros também façam o papel fora de Feira', disse o coronel em entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (7).

De acordo com ele, atualmente estão sendo executadas na cidade a Operação Toque de Recolher, para garantir o cumprimento dos decretos; escoltas de vacinas; Operação Paz no Lar, com a fiscalização de cumprimento das medidas protetivas as mulheres vítimas de violência doméstica; operações nos bairros para reduzir o número de homicídios, como as operações Ronda Noturna, Anjo da Guarda e Rebol; e a Operação Feira quer Silêncio.

'Estamos em um estudo de redimensionamento de área que está sendo feito pelos comandantes, estamos analisando Feira de Santana, que nessa nova era é outra, criaram bairros, nasceram novos condomínios e a polícia não pode ficar para trás, e estamos fazendo esse trabalho para que tenhamos uma área mais equilibrada, mais policiada', afirma.

Neste ano, a Polícia Militar realizou 212 apreensões de armas, 287 apreensões de drogas, 394 prisões em flagrante e recuperou 267 veículos.

'O tráfico de drogas está relacionado a todos os crimes, temos um número grande de apreensões de arma de fogo porque os indivíduos se armam para combater a outra facção e para proteger seu território. Com a pandemia, veio o desemprego, muitas pessoas passaram a traficar, os indivíduos estão com o modo operante de diminuir o número de drogas porque quando pega ele é classificado como usuário, não como traficante. As blitzes são produtivas e apresentam redução muito grande de apreensão de armas de fogo, de drogas, de pessoas, não tivemos nenhum ato de resistência porque os bandidos entendem que não podem enfrentar o poder público, Feira não é para ter facção, tem bandido, mas nós desconhecemos esse termo facção', destaca Paixão.

Em relação as fiscalizações específicas do Toque de Recolher, diante da pandemia, só no último sábado (5) foram dois fechamentos de estabelecimentos e um encerramento de festa do tipo paredão, além de 23 conduções por desobediência e uma prisão em flagrante por descumprimento do decreto. A ocorrência das festas com paredão seguem sendo um dos maiores pontos de combate e preocupação das autoridades durante o cenário atípico causado pela Covid-19.

'A maioria dos paredões acontecem em locais sensíveis, com potencial muito grande de utilização de bebidas lícitas e uso de drogas ilícitas, em locais obscuros, desertos, que a PM e a população quase não têm acesso, são locais que as pessoas acham que podem fazer tudo', diz o coronel.

Na coletiva, estiveram presentes também os comandantes das cinco companhias da PM em Feira, o Major Lessa da 65, Major Joaci da 66, Major Lobão da 67 e Major Cardoso da Rondesp Leste. 

Com informações do repórter Fernando Moreira