Acusação seríssima sobre a urna eletrônica, é de assustar
A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão
sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já
foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a
totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em
linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento
na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia
parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de
dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente
computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base
eleitoral na Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos dela,
ele o citou explicitamente, o atual presidente da Assembléia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo
(PMDB).
Fernando Peregrino, coordenador do seminário, por sua vez, cobrou
providências:
“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste ano, Rangel o
está denunciando com todas as letras – mas infelizmente até agora a
Polícia Federal não tem dado a este caso a importância que ele merece
porque ele atinge a essência da própria democracia no Brasil, o voto dos
brasileiros” – argumentou Peregrino.
Pesquisadores da UnB apontam fragilidade na urna eletrônica - Um grupo
de quatro especialistas da Universidade de Brasília (UnB) encontrou uma
lacuna na segurança das urnas eletrônicas, em teste promovido pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os pesquisadores do Centro de
Informática e do Departamento de Computação da UnB conseguiram decifrar
códigos da urna e identificaram a ordem dos votos registrados no
equipamento. Se o mesmo grupo tivesse em mãos os nomes dos eleitores que
votaram na urna, em ordem cronológica, poderia indicar quem votou em
que candidato