Funcionários da Via Uno protestam contra falta de pagamento

ometido algum setor.

Dezenas de funcionários da Via Uno empresa do ramo calçadista de Conceição do Coité protestaram nas ruas do centro da cidade no inicio da tarde desta quarta-feira, 24, por estarem com salários atrasados, bem como outros benefícios que são de direito do trabalhador, conforme informou um dos manifestantes que pediu para não ser identificado. A bordo de motocicletas o grupo promoveu barulho para chamar a atenção da diretoria da empresa para solucionar o problema.
O CN procurou a diretoria e conversou com o gerente da empresa Luiz Carlos Keller que lamentou o episódio e disse que já é de conhecimento de todos a dificuldade que a empresa vem tendo para arcar com os compromissos, “ mas fica ainda mais difícil a gente honrar com essa atitude. Tive uma conversa com eles no inicio da semana e pedir que aguardassem até a próxima sexta-feira,26, trabalharam normalmente esses dias, quando foi hoje, resolveram sair em protesto”, disse Keller.
O gerente disse que apesar da manifestação o trabalho continuou, segundo ele, cerca de 70% dos funcionários continuaram o trabalho e está convicto que está dando para manter a produção, embora entenda que um dos setores ficou comprometido.
Falta de repasse por parte do estado tem sido um dos maiores problemas da empresa.
O Governo da Bahia ficou de repassar cerca R$ 6 milhões para empresa divido em parcelas de R$ 1 milhão, mas segundo informações do gerente até agora só repassou R$ 1,5 milhão e não tem previsão de novos repasses este ano, embora a empresa esteja sempre negociando. Quanto ao salário em atraso, Keller disse que representa apenas 25% referente ao mês de julho e o vale (30% do salário), que segundo ele é antecipação de salário e não considera atraso. Admitiu também o não cumprimento em dia com o FGTS, mas que está no momento tentado regularizar o salário e “ eles não precisam se preocupar, não ficarão no prejuízo, passou o cartão ele prestou serviço e vai receber por ser de direito do trabalhador”, garantiu o gerente.