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Mensalão Baratas e banho frio: a vida das mensaleiras na prisão

Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu claro) andam no 19 do Batalhão da Polícia Militar do DF, que é parte do complexo do presídio da Papuda 
 

Ex-banqueira e ex-secretária de Marcos Valério ficarão em presídio comum de Brasília. Diretora de unidade diz que não haverá privilégios

 
Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu claro) andam no 19 do Batalhão da Polícia Militar do DF, que é parte do complexo do presídio da Papuda (Daniel Vorley/Frame/Folhapress)
As duas mulheres presas até agora no julgamento do mensalão serão removidas nos próximos dias para o presídio feminino da Colmeia, a 40 quilômetros do centro de Brasília. Para Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, e Simone Vasconcellos, ex-secretária de Marcos Valério, será o início definitivo da vida como detentas e de uma mudança radical: há três semanas, elas viviam em confortáveis apartamentos nos melhores bairros de Belo Horizonte (MG).

Até agora, a dupla estava alocada no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal. A unidade fica na entrada do Complexo Penitenciário da Papuda, mas não parece um presídio: as cercas que ladeiam a área são simples, civis e militares transitam pelo pátio, não há muros e, durante o banho de sol diário, as mensaleiras conseguiam avistar a rua. Mas o privilégio vai acabar por ordem da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que ordenou a transferência das duas para a Colmeia, longe do centro de Brasília. E não há o que fazer para evitar a cadeia porque o caso de Kátia e Simone é mais grave do que o de José Dirceu e José Genoino: independentemente do julgamento dos embargos infringentes pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as duas já estão condenadas a iniciar o cumprimento de pena em regime fechado.