Brasil tem 16 das 50 cidades mais violentas do mundo
O Brasil era a colônia ideal para extorquir, corromper, matar, estuprar, roubar e, sobretudo, para se enriquecer, com cana de açúcar, por meio da parasitação dos escravos (negros e índios) ou do branco pobre
De 1985 a
2013, redemocratização, nova Constituição, seis
eleições presidenciais seguidas e consolidação do capitalismo selvagem, apenas
suavizado com Bolsa Família, nova classe
C, recuperação do poder de compra do salário mínimo etc. As violações massivas
de direitos humanos não sofrem interrupção: 900 mil pessoas trituradas,
torturas, extermínios, campos de concentração (presídios) e por aí vai.
Depois de 513
anos (não se constrói uma nação violenta, corrupta e com capitalismo
extremamente selvagem da noite para o dia), chegamos em 2014: fortificação do
capitalismo selvagem financeiro, 70% da renda nacional divididos entre
pouquíssimas famílias, índice Gini de 0,51 (um dos mais altos do mundo, o que
revela enorme desigualdade), aprofundamento do apartheid, violência
epidêmica persistente (27,1 assassinatos para cada 100 mil pessoas), 53 mil
mortes intencionais, 45 mil mortes no trânsito, corrupção ampla, geral e
irrestrita etc. É claro que, das 50
cidades mais violentas do planeta, a maioria estaria no Brasil: 16 delas
(Maceió, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Salvador, Vitória, São Luís, Belém,
Campina Grande, Goiânia, Cuiabá, Manaus, Recife, Macapá, Belo Horizonte e
Aracaju) (O Globo 23/3/14, p. 7). Não estamos fazendo absolutamente nada do
que fizeram os países de capitalismo evoluído, distributivo e altamente
civilizado (Dinamarca, Suíça, Canadá, Bélgica, Coreia do Sul, Japão, Austrália
etc.) para reduzir a violência, domando o monstro do capitalismo selvagem. Com
condições inalteradas, tudo vai piorar bastante. Quem faz tudo errado em termos
de prevenção da criminalidade não pode esperar resultados diferentes nunca
(Einstein).