PP libera alianças estaduais, mas fica com Dilma
Dilma Rousseff
Governista em Brasília e oposicionista em Estados como Minas
Gerais e Rio Grande do Sul, o PP decidiu liberar seus diretórios
estaduais. Mas não cogita, por ora, abandonar a coligação de Dilma
Rousseff. Em privado, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional
da legenda, diz que o PP manterá o apoio a Dilma no plano federal a
despeito do declínio dela nas pesquisas eleitorais. A liberação das
alianças estaduais, hoje informal, ganhará a formalidade de um documento
escrito. Assim, filiados como a senadora Ana Amélia, que lidera as
pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul, poderão abrir seus
palanques para o presidenciável tucano Aécio Neves sem constrangimentos.
O PP tenta desalojar do Executivo gaúcho o governador Tarso Genro, do
PT. Em Minas, a aliança do PP com Aécio é ainda mais sólida. Presidente
do Conselho Político do partido, Alberto Pinto Coelho assumiu o governo
do Estado no mês passado. Ele era vice do tucano Antonio Anastasia, que
deixou a poltrona de governador para auxiliar na coordenação da campanha
de Aécio e disputar uma cadeira no Senado. O PP é simpático a Aécio
também no Rio de Janeiro. Ali, comanda a legenda o senador Francisco
Donelles. Primo de Aécio, Dornelles presidia o PP federal na sucessão de
2010. Naquela época, não conseguiu levar o partido para a coligação
tucana do então presidenciável José Serra. Mas aprovou em convenção a
tese da “neutralidade”, impedindo que o PP entregasse o seu tempo de
propaganda no rádio e na tevê à então candidata Dilma. Leia mais no Blog do Josias.