Após disparos de João Bacelar (PR), Maurício de Tude diz: entrego à Justiça
O presidente, que acusa o deputado federal de usar ilegalmente os Correios na distribuição de propaganda eleitoral, apresentou as correspondências entregues em Salvador, na Região Metropolitana e no interior da Bahia. “Começou a ser distribuído em Camaçari - foi o primeiro lugar onde identificamos-, uma correspondência de Joãozinho, o deputado do PR, pedindo voto para ele e para José Tude (ex-prefeito da cidade e candidato a deputado federal), quando ele em rua nenhuma da cidade faz dobradinha com Tude. Até porque os dois são de coligações diferentes”, detalha. Tude ainda chama atenção para o texto na correspondência, como mostra a reprodução abaixo.
O líder do PTN também chama atenção para o uso do CNPJ de Tude, que segundo ele, não teve autorização do ex-prefeito da cidade da região metropolitana. “Notificamos os Correios para saber como eles conseguiram isso. Eles podem usar o CNPJ de terceiros sem autorização?”.
Ainda durante conversa, Tude contou que o deputado federal também entregou cartas nos bairros de Cajazeiras e no Nordeste de Amaralina, e novamente ressalta o texto usado nas cartas, como mostra a imagem.
O presidente do PTN, também acrescenta que foram enviadas correspondências para Esplanada, cujo prefeito é Rodrigo de Dedé (PTN).
“O prefeito é correligionário meu e de João Carlos. Ganhamos a prefeitura em 2012. O texto é como se ele fosse amigo do prefeito. E ainda relaciona as obras da prefeitura que não teve nenhuma intervenção dele”, aponta.
Para Tude, a ação causa um prejuízo muito grande aos militantes do PTN. “Eu acho que é um estelionato eleitoral. Tude foi o primeiro a entrar com uma ação. No mesmo dia o PTN notificou os Correios. Ele não tem trabalho político em nenhuma dessas localidades. Me parece que é uma ação de desesperado. É um desespero entrar em bases onde ele não tem eleitorado”.
A direção do PTN entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), por suspeita de fraude, e está acionando a Justiça Federal, por causa do envolvimento da estatal.
Nesta quinta, o juiz Francisco de Oliveira Bispo determinou a mediata cessação da propaganda questionada, suspendendo a confecção e distribuição dos panfletos, sob pena de configuração do crime de desobediência. “Pedimos cassação do registro, e no caso de eleição, a cassação do mandato”, finaliza.