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Após disparos de João Bacelar (PR), Maurício de Tude diz: entrego à Justiça

Nesta quinta-feira (25), em conversa com o Bocão News, o presidente Estadual do PTN, Maurício de Tude, respondeu aos ataques feitos pelo seu primo e inimigo político, o deputado federal João Bacelar (PR). “Ele vai responder na Justiça, vamos discutir na Justiça. Vamos processar ele para que no campo jurídico ele consiga provar onde eu cometi estelionato, bem como meu irmão, João Carlos Bacelar. O João do PR é primo nosso, mas relação política não temos nenhuma. O que nós temos é uma relação consanguínea que não podemos negar”, afirma.  

O presidente, que acusa o deputado federal de usar ilegalmente os Correios na distribuição de propaganda eleitoral, apresentou as correspondências entregues em Salvador, na Região Metropolitana e no interior da Bahia. “Começou a ser distribuído em Camaçari - foi o primeiro lugar onde identificamos-, uma correspondência de Joãozinho, o deputado do PR, pedindo voto para ele e para José Tude (ex-prefeito da cidade e candidato a deputado federal), quando ele em rua nenhuma da cidade faz dobradinha com Tude. Até porque os dois são de coligações diferentes”, detalha. Tude ainda chama atenção para o texto na correspondência, como mostra a reprodução abaixo.
“Ele nunca passou as férias lá. Ele não sabe nem onde é Camaçari. Quem passou a juventude e a infância lá foi meu irmão. Ele coloca o nome dele sem fotografia, coloca também Tude, que faz a dobradinha com meu irmão, e o retrato de ACM Neto”.

O líder do PTN também chama atenção para o uso do CNPJ de Tude, que segundo ele, não teve autorização do ex-prefeito da cidade da região metropolitana. “Notificamos os Correios para saber como eles conseguiram isso. Eles podem usar o CNPJ de terceiros sem autorização?”.

Ainda durante conversa, Tude contou que o deputado federal também entregou cartas nos bairros de Cajazeiras e no Nordeste de Amaralina, e novamente ressalta o texto usado nas cartas, como mostra a imagem.

 
“Até o português não está correto. Ele escreve como se não fosse deputado federal. 'Peço voto para ser deputado federal'. Quem não é deputado federal é meu irmão. Isso cabe num discurso para uma carta de João Carlos. Ele lista ainda as ações no bairro feitas pela prefeitura”, detalha.

O presidente do PTN, também acrescenta que foram enviadas correspondências para Esplanada, cujo prefeito é Rodrigo de Dedé (PTN).

“O prefeito é correligionário meu e de João Carlos. Ganhamos a prefeitura em 2012. O texto é como se ele fosse amigo do prefeito. E ainda relaciona as obras da prefeitura que não teve nenhuma intervenção dele”, aponta.

Para Tude, a ação causa um prejuízo muito grande aos militantes do PTN. “Eu acho que é um estelionato eleitoral. Tude foi o primeiro a entrar com uma ação. No mesmo dia o PTN notificou os Correios. Ele não tem trabalho político em nenhuma dessas localidades. Me parece que é uma ação de desesperado. É um desespero entrar em bases onde ele não tem eleitorado”.

A direção do PTN entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), por suspeita de fraude, e está acionando a Justiça Federal, por causa do envolvimento da estatal.

Nesta quinta, o juiz Francisco de Oliveira Bispo determinou a mediata cessação da propaganda questionada, suspendendo a confecção e distribuição dos panfletos, sob pena de configuração do crime de desobediência. “Pedimos cassação do registro, e no caso de eleição, a cassação do mandato”, finaliza.