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José Maria Marin e mais seis da Fifa são presos na Suíça por corrupção

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Foto: Divulgação Mowa Press
A polícia da Suíça prendeu na madrugada desta quarta-feira (27) pelo menos seis dirigentes da Fifa. Eles foram presos em um hotel de luxo em Zurique sob a acusação de corrupção. O Departamento de Justiça americano confirmou a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. As autoridades realizaram buscas nos escritórios da entidade, em Zurique. Segundo o Correio, os nomes devem ser anunciado em uma coletiva de imprensa na procuradoria do Brooklyn, que está liderando a investigação. Segundo o jornal “The New York Times”, as prisões foram pedidas por autoridades americanas e pelo FBI. Eles são suspeitos por extorsão e lavagem de dinheiro em esquema de corrupção ao longo de duas décadas. Eles poderão ser extraditados para os Estados Unidos. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, o diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), James Comey, e o diretor para assuntos criminais do Internal Revenue Service (IRS, a Receita Federal dos EUA), Richard Weber, devem acompanhar o anúncio. A denúncia deve atingir o órgão dirigente do esporte mais popular do mundo na semana em que ele realiza seu congresso anual. É esperado, durante o evento, que Joseph Blatter seja reconduzido ao cargo de presidente pela quarta vez. Blatter, que comanda a instituição desde 1998, tem supervisionado o crescimento das receitas da entidade sem fins lucrativos, advindos principalmente da Copa do Mundo. No período entre 2011 e 2014, a Fifa gerou US$ 5,72 bilhões em receitas, de acordo com seu último relatório financeiro. Em 2014, as reservas da entidade somavam US$ 1,52 bilhões. O FBI e os promotores do Brooklyn vêm investigando a Fifa durante anos, de acordo uma pessoa próxima ao caso. A investigação mudou de patamar em 2011, quando um dirigente norte-americano da entidade, Charles “Chuck” Blazer, começou a cooperar com as autoridades após ser ameaçado com denúncias de sonegação de impostos. Blazer foi secretário-geral da Concacaf entre 1990 e 2011, e tem informado o FBI sobre o suposto esquema de fraude e lavagem de dinheiro entre os quadros da instituição. Ele também teria concordado em gravar conversas com outros executivos da Fifa. Uma investigação supervisionada pela Sidley & Austin sobre a Concacaf em 2012 concluiu que Blazer não pagou impostos da organização e sua unidade de marketing entre 2004 e 2010. Ele também teria fornecido informações falsas as autoridades financeiras e feito a Concacaf pagar a ele, sem a autorização devida, mais de US$ 15 milhões sob a forma de comissões, honorários e despesas pessoais, como o aluguel de seu apartamento na Trump Tower, em Nova York, e a compra de apartamentos em Mondrian, um condomínio de luxo em Miami. Blazer foi suspenso da Fifa e renunciou ao cargo de conselheiro em 2013. Nenhum porta-voz da Fifa não foi encontrado para comentar o caso.