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Foragido, assassino de dono de bar em Riachão do Jacuípe tem prisão preventiva decretada pela Justiça

Desde o dia do crime vários boatos surgiram em relação ao assassino, mas a unica certeza é que o mesmo ainda não foi localizado.
A Policia está a procura do assassino de um cidadão que fechava seu estabelecimento depois de um dia de trabalho
A Policia já sabe que o assassino de José Celival Almeida da Silva, proprietário do ‘Bar Dose Dupla’, foi o individuo identificado como Jorge de Jesus Oliveira, também conhecido por Jorginho, morador do bairro Bela Vista, em Riachão do Jacuípe. Ele matou Celival no inicio da madrugada de sábado, 31, exatamente no momento que ele fechava o seu estabelecimento comercial.
De acordo com informações, já confirmadas, o criminoso teria se desentendido com Celival por fazer uso de droga no banheiro do ‘Bar Dose Dupla’. Ao ser reclamado, o mesmo teria reagido, gerando uma rápida discussão. Contudo, como havia prometido, Jorginho retornou ao local e consumou o crime. O elemento, que tem um histórico de violência, disparou cinco vezes contra a vítima, inclusive o último disparo já com Celival no chão, sem qualquer poder de reação.
Celival recebeu tiros a queima roupa
Câmaras de segurança instaladas no bar, com imagens que circulam nas redes sociais, não só confirmaram a autoria do crime, como a forma covarde como ele aconteceu. O assassino chegou juntamente com um comparsa em uma moto, com o rosto descoberto, e atirou contra Celival, que estava arrumando o bar. Após a ação criminosa, Jorginho retornou à moto e os dois seguiram com destino ignorado.
Cerco da PM
A Policia prendeu o primeiro, mas tanto Jorginho quanto o comparsa, que lhe deu cobertura com a moto, fugiram com destino ignorado. No sábado e no domingo, boatos pelas redes sociais continuavam a espalhar informações, quase todas sem veracidade. Uma delas foi que Jorginho já estava preso, mas negado horas depois. A segunda foi que o criminoso fugiu e teria sido assassinado em Feira de Santana, fato também desmentido depois.No sábado (31/03), a cidade amanheceu assustada com a tragédia. Noticias desencontradas davam conta de que o assassino estava refugiado no bairro Bela Vista, próximo a sua residência. Cercado pela Policia, outro comparsa teria avisado a presença dos policiais, o que fez com que Jorginho fizesse um refém para tentar a fuga.
No domingo pela manhã, enquanto esses boatos circulavam, Celival era sepultado no cemitério de Riachão do Jacuípe. Amigos, familiares e muitos clientes do ‘Bar Dose Dupla’ compareceram para se despedirem.
Ainda no domingo, 01 de abril, o juiz Dr. Fábio Falcão Santos decretou Prisão Preventiva contra o assassino conforme abaixo:
D E C I S Ã O
A Policia já sabe que o assassino de Representou a autoridade policial pela prisão preventiva de JORGE DE JESUS OLIVEIRA suspeito de ter ceifado a vida de JOSE CELIVAL ALMEIDA DA SILVA, às 00:00 do dia 30/03/2018 na cidade de Riachão do Jacuípe. Narra o pedido que a vítima fechava o seu estabelecimento (um bar) quando o acusado efetuou cinco disparos contra a vítima o ultimo deles quando Jose já estava caído. Instruem o pedido, declaração de duas testemunhas, uma delas que estava no momento do fato e vídeo da câmera de segurança do bar onde se vê claramente o momento do crime.
Com vista dos autos pugnou a representante do Parquet plantonista nesta data pela concessão da medida por entender presentes os requisitos legais.
Decido.
O pedido veio instruído com provas suficientes quanto á materialidade do delito – conforme guia de levantamento cadavérico, oitiva de testemunha presencial e vídeo da câmera de segurança onde resta evidenciada a ocorrência do fato – bem como fortes são os indícios que apontam o representado como autor do delito.
Ao crime se prevê pena superior a quatro anos e, pelo que se colhe até aqui, em Juízo de cognição sumária, próprio deste momento processual, agiu o acusado com extrema frieza e crueldade, atingindo a vítima de supetão, sem chance de defesa e desferindo diversos tiros, um deles quando Jose Celivaldo já estava caído, revestindo o ato de características de verdadeira execução. A gravidade e violência do delito e a grande repercussão em uma comunidade pequena como o é a desta Comarca evidenciam grave ferimento a ordem pública.
Avançando na análise, tenho que as circunstância pos factum levam a crer que o acusado, ao solicitar a parente um taxi para se deslocar à cidade de Feira de Santana e assim agindo, primeiro indo sozinho para Tanquinho de lá numa van para Feira, pretende furtar-se á aplicação da lei penal.
Ante o exposto, com espeque nos artigos 311 e 312 do CPP, DECRETO a prisão preventiva de JORGE DE JESUS OLIVEIRA conhecido por JORGINHO.
Em nome da celeridade processual e considerando que este Magistrado, por problemas operacionais do próprio sistema, não conseguiu acesso ainda ao cadastro de mandados do BNMP 02 do CNJ DOU A ESTE DECISÃO força de MANDADO DE PRISÃO.
Encerrado o período de plantão, encaminha-se aos Juízo cometente. Comunique-se, via email institucional, à autoridade policial. Ciência ao MP.
Riachão do Jacuípe, 01 de abril de 2018.
FÁBIO FALCÃO SANTOS
CN * informações Interior da Bahia