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Caso Clara: pai do agressor, prefeito de Salinas da Margarida tenta difamar ex-nora

[Caso Clara: pai do agressor, prefeito de Salinas da Margarida tenta difamar ex-nora]
Desde que denunciou ter sido torturada pelo ex-marido, na cidade de Santo Antônio de Jesus, a 187 km de Salvador, a filha do prefeito de Muniz Ferreira, Clara Emanuele Santos Vieira, 20 anos, relata que, recentemente, foi constrangida pelo prefeito de Salinas da Margarida, Wilson Pedreira (PSD), pai do ex-companheiro dela, Filipe Pedreira, 19 anos.
Segundo Clara, em grupo composto por políticos do PSD, o gestor municipal publicou fotos da jovem que foi para uma festa na companhia de amigas. “Acabei de receber esse print, no qual, o pai do agressor, Wilson Ribeiro Pedreira, prefeito da cidade de Salinas das Margaridas-Ba, postou essas fotos em um grupo no WhatsApp mostrando que estou em festa, na tentativa de me difamar. Não tenho nada a esconder. Realmente estava em festa, tentando não me abater, nem deixar a tristeza tomar conta de mim, até porque eu sou maior e mais forte do que tudo isso. Estou lutando até hoje por justiça juntamente com familiares, amigos e vocês”, afirma em postagem publicada na rede social.
E continua: “enquanto tentam me difamar, me deixar pra baixo, existem pessoas que querem meu bem. Minhas amigas me convidaram pra ir, pra me distrair e eu sei o que estava passando ali, eu fui como prometi, prometi que iria me divertir com elas, tentava me esforçar pra não pensar no que passei e estou passando, mas toda hora a tristeza e angústia vinha, como está aí nos prints delas falando que mal me divertir. Eu tentei. Estou tentando colocar um sorriso no meu rosto depois disso tudo. É triste e lamentável ver que isso não tem fim, que querem me acabar de todas as formas possíveis. Mas tenho voz, e não estou sozinha. Estou tentando viver, seguir a minha vida, tentando colocar um sorriso no rosto que o seu filho tirou. Eu não sou culpada, muito menos uma foragida da polícia pra estar compartilhando fotos da minha vida pessoal”. 
Filipe Pedreira, suspeito de torturar, espancar e cortar os cabelos de Clara, ainda não foi localizado pela polícia, desde que a prisão preventiva foi decretada pela Justiça. Ele é procurado desde o dia 18 de maio, quando foi acatado o pedido de prisão, solicitado pelo Núcleo de Proteção à Mulher (NPM) da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Santo Antônio de Jesus, onde o crime ocorreu. Segundo a Polícia Civil, diligências continuam sendo realizadas com a finalidade de localizar o jovem, considerado foragido.