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Rapaz de vídeo íntimo com Sthe Matos já foi condenado por estupro

[Rapaz de vídeo íntimo com Sthe Matos já foi condenado por estupro]

No mês passado, um vídeo íntimo vazado nas redes sociais, em que aparece a influencer baiana Sthe Matos em ato sexual, ganhou grande repercussão na web. Em pronunciamento, a blogueira afirmou que as imagens teriam sido divulgadas por pessoas próximas após seu serviço de iCloud ter sido hackeado.
No vídeo, ela aparece com o tatuador Victor Igor, que passou a ser apontado como seu novo namorado. Em seu perfil oficial do Instagram, o rapaz se pronunciou e chegou a compartilhar outros momentos com a blogueira, o que acabou lhe dando "fama" nas redes sociais, onde teve um crescimento significativo em número de seguidores.
Mas, a "fama" trouxe também à tona um passado sombrio do influencer, que já chegou a estampar os noticiários nacionais ao namorar a ex-panicat Carol Narizinho. A reportagem do BNews teve acesso a um processo em que Victor foi condenado por estupro. O caso aconteceu no dia 14 de dezembro de 2006, quando o rapaz ainda era menor de idade, quando ele participou de abuso sexual contra uma adolescente, na época, juntamente com seu irmão e outras duas pessoas.
Conforme consta nos autos, o estupro aconteceu na casa de Victor e Thiago, na  Travessa Armando Tavares, no bairro de Vila Laura, em Salvador, onde a vítima  "foi forçada a manter relações sexuais mediante emprego de força física e ameaças de espancamento, constando que a ofendida foi submetida a sexo anal e vaginal com dois adolescentes, à época - Victor Igor Lima Dias da Silva e outro de prenome Rafael". E que também foi forçada a fazer sexo oral Thaigo, sendo que a ação delituosa foi fotografada por Edvaldo, apelidado de "Tiririca", com o uso de um aparelho celular.
No processo 0113273-95.2007.805.0001, que tramitou na 2ª Vara dos Feitos Relativos aos Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), os "Réus confessaram a realização dos atos sexuais com a ofendida, bem como a realização de fotos por parte do corréu Edvaldo, porém apresentando versão alternativa, no sentido de que tudo teria sido praticado com o consentimento da vítima, devendo-se ressaltar que o contexto probatório evidencia, ao contrário, a execução forçada dos atos delituosos por parte de todos os autores, inclusive tendo-se como base as confissões prestadas, na polícia e em juízo, no sentido de que a ofendida gritou por socorro aos prantos, com a chegada no local da mãe de dois dos envolvidos (Thiago e Victor)".
No entanto, além dos laudos que constataram "sinais de conjunção carnal recente devido a hiperemia de fúrcula vaginal e fissura anal", exame realizado menos de 24h após o ato, a "ofendida afirmou, de modo seguro e coerente, em três ocasiões (duas na polícia e uma em juízo), ter sido segurada e jogada num colchão por Victor Igor Lima Dias da Silva, que proferiu ameaças no sentido de que, se não realizasse sexo oral na sua pessoa e na de Rafael, iria sofrer uma surra, a ser executada pelo ora requerente, Thiago e pelo réu Edvaldo”.
Diante dos depoimentos e provas apresentadas, em primeiro grau, Thiago foi condenado à pena de seis anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, Edvaldo a quatro anos de reclusão em regime prisional inicialmente aberto, restando substituída por prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana. Já Victor Igor Lima Dias da Silva e Rafael, ambos menores de 18 anos de idade na data do fato, foram processados em Ação Sócio-Educativa.
Em 2011, a defesa do irmão de Victor entrou com recurso 0008391-80.2010.805.0000, em face do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), pedindo a absolvição de Thiago. No entanto, conforme consta na edição nº 546, do dia 25 de agosto, do Diário de Justiça Eletrônico do TJ-BA, a revisão criminal reformou a pena para regime semiaberto, mas mantendo a condenação.
Ainda em 2011, em novembro, os réus solicitaram a exclusão dos nomes no sistema do TJ-BA, em razão do encerramento do processo e cumprimento da pena, que foi acatado conforme despacho do juiz Paulo Cesar Bandeira de Melo Jorge.
Nesta terça-feira (16), a reportagem do BNews entrou em contato com Victor Igor para possíveis esclarecimentos e posicionamento sobre o ocorrido, mas não obteve nenhum retorno do mesmo até a publicação desta matéria.