Rádio Web Ferraz

Últimas notícias

Mulher acusada de feminicídio vai a júri popular este mês

 

 (crédito: Arquivo)
(crédito: Arquivo)

Dois anos após Wanessa Pereira de Souza, atualmente com 36 anos, matar a companheira ao colocar fogo no apartamento onde moravam, ela será julgada pelo Tribunal do Júri de Santa Maria, em 23 de setembro de 2021, às 9h. Esse é o possível primeiro caso de feminicídio cometido por uma mulher no Brasil e vai a júri popular.O crime aconteceu em 23 de setembro de 2019, quando Wanessa ateou fogo no apartamento onde morava com Tatiana Luz da Costa Faria, então com 35 anos. Tatiana teve 92% do corpo queimado. No ato do crime, a acusada também sofreu queimaduras e teve 42% do corpo queimado. Atualmente, Wanessa está presa

Tatiana chegou a ficar internada sete dias no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), mas sofreu sete paradas cardíacas e não resistiu aos ferimentos. Ela morreu em 30 de setembro de 2019.

Wanessa responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, emprego de fogo e feminicídio por razões da condição do sexo feminino da vítima, em contexto de violência doméstica e da relação de afeto existente entre elas.

Correio tentou contato com a defesa da acusada, mas até a última atualização não conseguiu retorno. O espaço segue aberto para manifestações.O crime aconteceu em um apartamento em Santa Maria. Quando o Corpo de Bombeiros Militar do DF chegou à residência, encontrou as duas mulheres feridas. No local, havia um sofá e outros utensílios danificados, além de um frasco com álcool. Na apuração inicial da polícia, Wanessa alegou que o sofá pegou fogo por acidente, no entanto, no celular de Tatiana, havia mensagens da companheira ameaçando de morte, pois não aceitava o fim do relacionamento.

Caso Wanessa seja condenada, ela pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão. Atualmente, a acusada está em prisão preventiva. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva no mesmo dia do crime, pelo Núcleo de Assistência de Custódia (NAC). A defesa de Wanessa chegou a recorrer, alegando que a acusada precisava constantemente de atendimentos médicos. No entanto, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) entendeu que o fato não era suficiente para a revogação da prisão