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Servidores pedem até 28% de reajuste e gritam fora Bolsonaro e Guedes

Paulo GuedesRafaela Felicciano/Metrópoles

O atual ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, enviou nesse domingo (26/12) um texto ao presidente Jair Bolsonaro, a colegas da Esplanada dos Ministérios e integrantes de sua equipe econômica se posicionado contra os reajustes salariais em todas as categorias de servidores federais. Trechos foram divulgados pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

Segundo o ministro, “quem pede aumento agora não quer pagar pela guerra contra o vírus” e “está dizendo: ‘já tomei minha vacina, agora quero reposição de salário, não vou pagar pela guerra ao vírus'”. Ele defende que os reajustes precisam ser reforçados por uma reforma administrativa anterior: “Sem isso, reajuste geral para o funcionalismo é inflação subindo”.

Guedes insiste que a reestruturação das carreiras federais é a melhor solução, “melhor ainda se dentro de uma reforma administrativa”, que cortaria “R$ 30 bilhões por ano e, assim, poderia aumentar 10% dos salários do funcionalismo após a reforma”

Ele comparou o possível reajuste à tragédia de Brumadinho: “Temos que ficar firmes. Sem isso, é Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos até explodir barragem e morrerem todos na lama”.


 O recado enviado para autoridades aconteceu devido à aprovação da proposta de orçamento da União para 2022, que confirma o reajuste salarial para servidores da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O projeto foi autorizado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional na terça-feira passada (21/12).

A proposta depende agora da sanção presidencial