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Pobreza menstrual: por que problema vai além da falta de absorventes

 

ilustração pessoa menstruandoGettyImages

De acordo com um levantamento da Girl Up e da Herself Educacional, no Brasil, cerca de 60 milhões de meninas, mulheres, meninos e homens transexuais e pessoas não binárias menstruam. Apesar de ser uma função fisiológica completamente normal, que acontece mensalmente entre os 13 anos e os 50, mais ou menos, nem todos os indivíduos que menstruam o fazem de maneira digna.O termo pobreza menstrual vai além da falta de acesso a absorventes — o preço do item de higiene é proibitivo para muitas pessoas, e estima-se que, entre a camada mais pobre da população, é necessário trabalhar 4 anos inteiros para custear todos os absorventes usados ao longo da vida. Ele também inclui os que têm dificuldade de acesso à agua, saneamento básico e informações de qualidadeEntre os indivíduos que menstruam, cerca de 7,5 milhões estão em idade escolar. Segundo um levantamento da Unicef, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em casa, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais na escola, incluindo falta de absorvente, acesso a banheiros e sabonetes..“A gente tem falado de pobreza menstrual como uma ausência de direitos. Não é só a falta de acesso aos insumos de higiene, mas também à água, saneamento, higiene, aos serviços de saúde e até à informação de qualidade”, explica a oficial de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do Unicef no Brasil, Rayanne França.