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Conheça a líder de facção criminosa que tinha vida de princesa nas redes sociais e foi presa no Nordeste



Presa nesta quinta-feira em Salvador, na Bahia, como suspeita de chefiar uma quadrilha no Ceará, Jéssica Andrade da Silva tem histórico no crime pelo menos desde 2016. Data deste ano o início dos trâmites do primeiro processo judicial contra a mulher de 28 anos que ostentava uma vida de luxo e ostentação nas

Jéssica foi detida na capital baiana e não reagiu à prisão. De acordo com as investigações, ela assumiu um papel de liderança na organização criminosa depois que seu companheiro, Vicente Antônio de Freitas Filho, conhecido como “Vicente Peru”, de 36 anos, foi preso em Goiás no ano de 2016.

 No Tribunal de Justiça do Estado de Goiás tramita um processo contra Jéssica e Vicente. Os dois são acusados de uso de documento falso. O crime é previsto no código penal e tem pena de reclusão de dois a seis anos, e multa.

Em outubro do ano passado, Jéssica participou da audiência de instrução e julgamento do caso. A investigada participou por videoconferência, mas Vicente não compareceu. Na ocasião, o Judiciário pediu a verificação se a Penitenciária Federal em Catanduvas, onde Vicente está preso, tem equipamento para a videochamada.

Vicente cumpre pena de 19 anos e 8 meses de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi condenado pela Justiça do Ceará, em abril de 2018, por crimes como homicídio, tráfico de drogas, roubo e sequestro.

Desde que Vicente foi transferido para o presídio federal, “Jéssica passou a exercer funções do chefe criminoso no grupo, tendo amplo conhecimento dos negócios ilícitos do agora ex-companheiro”, informou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, em nota.

“Ela seria suspeita ainda de participar, em determinadas ocasiões, diretamente das ordens de ‘Vicente Peru’ ou colaborava de alguma forma para que estas ocorressem”, acrescentou a pasta.

Homicídio, drogas e clonagem de carros

Jéssica também aparece em um processo que envolve um assassinato, a clonagem de carros e o tráfico de drogas. No entanto, ela consta apenas como testemunha.

De acordo com os autos, policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) do Ceará investigavam uma quadrilha especializada em clonagem de automóveis. Eles seguiram um carro com homens suspeitos e, durante a abordagem, encontraram seis pacotes de cocaína no veículo.

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Os policiais foram até a casa dos dois ocupantes do carro. Quando chegaram ao local, os agentes trocaram tiros com outros suspeitos que estavam na residência.

“Ao anunciarem a chegada da polícia, dois indivíduos subiram no telhado e dispararam contra o policial militar”, segundo o processo. O agente revidou e um dos suspeitos caiu dentro da casa e o outro foi preso.

Os investigadores encontraram Jéssica dentro do imóvel. Na casa os policiais também encontraram cocaína, crack e mineíta (substância usada para ser misturada na cocaína), diversos liquidificadores usados na mistura da droga, máscaras de gás e panelas.

“Todo esse material [era] usado no preparo, refino e mistura de droga estavam sujos com cocaína. Além disso, foi encontrado, também, duas prensas hidráulicas usadas na adulteração de veículos, bem como automóveis adulterados e com queixa de roubo/furto”, diz o processo.

Jéssica foi levada da casa para a delegacia como testemunha, e ainda consta no processo nesta mesma