Em curso, vereador que matou em servidor em Cuiabá diz que é permitido a...
Foto: ReproduçãoMarcos Paccola (Republicanos-MT), que é vereador e tenente-coronel da Polícia Militar, disse a alunos em um curso de defesa pessoal, ministrado aos servidores do Judiciário de Mato Grosso, em 2019, que não é errado atirar em uma pessoa armada pelas costas. Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na última sexta-feira.
Um vídeo exibido nas redes sociais mostra trecho de uma aula ministrada por Paccola, em que ele explica para os alunos que não dá tempo de falar com uma pessoa armada e em atitude suspeita.
"Por mais treinamento que eu tenha, não vai dar tempo. Então, se ele chegar [dizendo] 'perdeu' não vou entrar numa situação com ele, achando que vou conseguir desviar e fazer um 'matrix'. Se estou em uma situação e ele está de costas, esse elemento está armado, ou você não saca ou se você sacar atira até o alvo cair. E quantos tiros eu dou? Até cair", afirmou.
Marcos Paccola (Republicanos-MT), que é vereador e tenente-coronel da Polícia Militar, disse a alunos em um curso de defesa pessoal, ministrado aos servidores do Judiciário de Mato Grosso, em 2019, que não é errado atirar em uma pessoa armada pelas costas. Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na última sexta-feira.
Um vídeo exibido nas redes sociais mostra trecho de uma aula ministrada por Paccola, em que ele explica para os alunos que não dá tempo de falar com uma pessoa armada e em atitude suspeita.
"Por mais treinamento que eu tenha, não vai dar tempo. Então, se ele chegar [dizendo] 'perdeu' não vou entrar numa situação com ele, achando que vou conseguir desviar e fazer um 'matrix'. Se estou em uma situação e ele está de costas, esse elemento está armado, ou você não saca ou se você sacar atira até o alvo cair. E quantos tiros eu dou? Até cair", afirmou.
Por meio de assessoria, o parlamentar informou que a instrução foi específica para os magistrados que faziam o curso. De acordo com o esclarecimento, o contexto da orientação é em caso de assalto, quando o criminoso representa ameaça à vítima.
A Polícia Civil do Mato Grosso investiga o caso. No dia do crime, o vereador se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prestou depoimento e foi liberado. Em nota, o Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo de Mato Grosso (Sindppss-MT) lamentou o assassinato de Alexandre e disse estar prestando auxílio aos familiares da vítima.