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Fundação quase fantasma ajuda a bancar partido de Bolsonaro

 

Divulgação/PL

PL, partido escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para disputar a reeleição, tem turbinado seu caixa de campanha com uma verba milionária que deveria ser gasta em formação política por sua própria fundação.Só nos últimos três anos, o partido comandado por Valdemar Costa Neto repassou R$ 30 milhões do fundo partidário destinado à sua fundação, o Instituto Álvaro Valle, para a conta bancária do diretório nacional do PL, que depois distribui o dinheiro a dirigentes estaduais e a candidatos da sigla.

A Lei dos Partidos, de 1995, exige que cada legenda mantenha uma fundação destinada a realizar pesquisas e cursos de doutrinação política. Para isso, a legislação obriga os partidos a repassarem pelo menos 20% de suas cotas do fundo partidário — dinheiro público, portanto — para seus institutos de formação. Se o partido não tem fundação, esse valor fica bloqueado pela Justiça EleitoralEm 2013, uma alteração feita na lei abriu uma brecha permitindo que a “eventual sobra” de dinheiro na conta das fundações possa ser revertida para outras atividades partidárias, incluindo propaganda política e campanhas eleitorais. No caso da fundação do PL, a “sobra” representa 99% do orçamento total.