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Líder do “dízimo” petista doa quatro salários de senador ao PT

 

Agência Brasil/Divulgação

PT cobra há mais de uma década uma contribuição mensal de seus parlamentares para ajudar na manutenção do partido, uma espécie de dízimo partidário. Todo mês, deputados e senadores são obrigados a repassar de 2% a 20% do salário que recebem no exercício do mandato para a conta bancária do diretório nacional, conforme prevê o estatuto da legenda.Nos últimos meses, uma dessas doações chamou atenção por extrapolar, e muito, o percentual do dízimo petista. Em uma única transferência, o senador Jaques Wagner (PT-BA) doou R$ 90 mil para a conta do PT, no fim de março. O valor equivale a quatro meses do salário líquido pago pelo Senado. Atualmente, o vencimento bruto de um senador é de R$ 33,7 mil.

Jaques Wagner é um dos principais articuladores da campanha do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto, tanto na arena política quanto nas conversas com o empresariado. Ele estava cotado para concorrer a governador da Bahia, cargo que ocupou entre os anos de 2007 e 2014, mas desistiu da disputa em fevereiro.Na média, os parlamentares petistas repassam por mês R$ 3,5 mil de seus salários para os cofres do partido, o que, no ano, corresponde a menos da metade do pagamento feito à vista por Jaques Wagner. Nas eleições de 2018, o senador declarou possuir mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras ou ações na Bolsa de Valores.Como mostrou a coluna, recentemente o PT recebeu doações da família dona da operadora de saúde Hapvida, que chegou a ser citada na CPI da Covid no Senado, no ano passado, por causa do uso de tratamento precoce com cloroquina, mas acabou poupada do relatório final da comissão. Os empresários doaram R$ 1,2 milhão ao partido de Lula