Agentes penitenciários: grupo especializado espanca e força presos a beber urina
Além disso, há relatos de policiais penais desse grupo forçando presos a ingerir detergente e urina de outros detentos, trancando presos machucados por eles em celas de castigo, queimando pessoas com cigarro e vários outros tipos de abusos dos Direitos Humanos.
O documento de 280 páginas revela condições precárias nos presídios do Estado e mostra ações de policiais penais que resultaram em dentes quebrados, sequelas nas costelas, tratamento com socos e pauladas no peito, uso de balas de borracha, além de diversos tipos de xingamentos e humilhações.
Segundo relatório, muitos presos são chamados constantemente de “demônios” e ouvem que “não valem nada”. As punições incluem, segundo levantamento, inclusive a retirada de roupas e cobertores dos presos, submetendo-os ao frio.
Os homens chegam com toca balaclava (gorros que vão da cabeça ao pescoço escondendo o rosto), capacete, escudo, colete e armas não letais e impõem um regime de medo dentro das instituições, segundo denúncias.
“O GIR foi criado para atuar em situações de emergência, mas agora eles que passaram a levar as pessoas em privação de liberdade para o banho de sol todos os dias, por exemplo. Só que eles fazem todo tipo de abuso. Como eles não são identificados, usam do anonimato para espancar as pessoas e fazer o que querem lá dentro. Até outros agentes penitenciários têm medo dos caras do GIR. Na hora de liberar os detentos para banho de sol, eles os colocam em corredor polonês e batem sem dó. Tem gente que está preferindo nem sair da cela para não apanhar”, conta a presidente da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Miriam Estefânia dos Santos.