Rádio Web Ferraz

Últimas notícias

Brasil passa a contar com novo tratamento para câncer de endométrio

 


Anne Carrari tem 47 anos, é mãe de 3 filhos e graduanda em Saúde Pública pela USP. Paciente de câncer de ovário metastático há sete anos, ela diz que ainda há um estigma social muito forte em relação à doença e reprova quem diz que alguém 'perdeu a batalha para o câncer'Quando a gente parte dessa vida, deixa um legado, e atribuir um título de perdedor para um paciente com câncer machuca muito. O legado precisa ser honrado com respeito e amor. E a gente precisa falar de câncer sem o peso dos estigmas, para alcançar as pessoas e não paralisá-las pelo medo. Eu acredito que a gente pode trocar o medo por atitude".

O depoimento sobre a descoberta do câncer - ela teve como único sintoma um inchaço abdominal persistente e passou por três médicos antes de obter o diagnóstico -, e a forma como se tornou uma voz ativa para a conscientização sobre a doença foi compartilhado por Anne durante o evento 'Cânceres Ginecológicos sob a ótica Jornalística', realizado nesta quarta-feira, 10, em São PauloNa ocasião, a biofarmacêutica multinacional GSK anunciou o novo tratamento para o câncer de endométrio, o Jemperli (dostarlimabe), primeiro imuno-oncológico lançado pela empresa no Brasil e já disponível no setor privado. A terapia infusional, que foi aprovada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é indicada para pacientes que possuem câncer de endométrio recorrente ou em estágio avançado. 

A GSK também é responsável pelo tratamento Zejula (niraparibe), voltado para combater o câncer de ovário, que recebeu aprovação da Anvisa em março do ano passado. Neste momento, a terapia - ministrada nas pacientes por via oral -, aguarda ser incluída no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).