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San Martin: Médicos da Upa denunciam atraso em salários e não descartam greve

 

San Martin: Médicos da Upa denunciam atraso em salários e não descartam greve
Foto: Divulgação

Médicos que prestam serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em San Martin, em Salvador, denunciam o atraso de quatro meses de salário. Ao Bahia Notícias, profissionais que trabalham na unidade relataram que os atrasos chegam a quatro meses, iniciando em julho. 

 

A empresa responsável pela gestão da unidade é o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Administração Hospitalar (IBDAH). De acordo com um dos médicos que presta serviço na UPA, a empresa a partir de agora não faz mais a gestão do local, deixando pagamentos em aberto. "Eles perderam a licitação e saíram. Após eles saberem que iria entrar outra empresa, o pagamento não foi efetuado", apontou.

 

De acordo com os profissionais, o sindicato da classe médica, o Sindimed, foi acionado em junho. Mesmo com as negociações feitas junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), foi acordado que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) faria o pagamento, após a apresentação da planilha com os valores devidos aos médicos.

 

"[Além disso], a gente fez a proposta de fazer uma paralisação de atendimento de fichas vermelhas. Na unidade já vinha sem medicação e sem leitos, seria pelas condições de trabalho e pagamento. O sindicato não apoiou e tiveram algumas reuniões com a prefeitura e a empresa, além do MPT", revelou um dos médicos que trabalha na unidade. 

 

O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS

O Sindimed sinalizou que "já venceram também setembro e 4 dias de outubro, pois no dia 5 mudou a empresa que faz a gestão da unidade".

 

"Desde agosto, o Sindimed e os médicos aguardam o cumprimento do compromisso feito pela gestão pública, mas os atrasos permanecem até hoje. É importante lembrar que tais valores têm natureza alimentar, o que configura um agravante no abuso que vem sendo cometido pelos gestores", acrescentou a entidade. 

 

A secretaria de Saúde de Salvador (SMS) não respondeu os contatos feitos pelo BN. O IBDAH, também procurado pelo Bahia Notícias, também não respondeu os contatos até o fechamento da matéria.