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Dentista atribui crescimento do bruxismo a elevados índices de estresse e ansiedade



 Quadros de estresse, ansiedade e alta concentração podem ocasionar repercussão física em todo o corpo, inclusive na saúde bucal. Em entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (14), a cirurgiã dentista Ana Paula Ribeiro, da Clínica Dra. Silvania Rocha, alertou para o crescimento do bruxismo e relacionou isso ao cenário de elevado estresse e ansiedade na população brasileira.  

“O bruxismo hoje está presente na realidade tanto de jovens quanto de pessoas mais velhas. O estresse está aí envolvendo todo mundo, a exigência de alta concentração. Tudo isso é um cenário que pode levar ao apertamento ou ranger dos dentes, que é o bruxismo”, explicou a especialista.

Ana Paula Ribeiro explica que para ser considerado bruxismo o ranger ou apertamento não precisa acontecer apenas durante as noites de sono, pode ser também durante as atividades diárias.

“Tem pacientes que estão em uma atividade de alta concentração que nem percebem, mas estão ali contraindo aquela articulação, estão apertando o maxilar. Isso gera desgaste dentário e dor no futuro”, alerta.

De acordo com a especialista, a mordida errada ou sobrecarregada pode não só gerar dor no dente, mas também na própria cabeça, o que pode ser confundido com uma enxaqueca. 

“Pode ocasionar uma dor na articulação próxima do ouvido, gerando dor de cabeça, às vezes, as pessoas confundem, acham que é dor de cabeça, enxaqueca. E até descobrir que é um problema odontológico, ele o paciente geralmente procura antes o médico”, conta.