Deputados baianos não usavam 'nomes públicos' em visitas ao escritório de Youssef
Mario Negromonte (PP) e Luiz Ârgolo (SDD) iam o escritório do doleiro em SP
Os deputados federais baianos Luiz Ârgolo (SDD) e Mario Negromonte (PP)
foram citados em matéria publicada pela revista Veja neste domingo (25)
com o título de “Os nobres clientes do doleiro”. A publicação mostra
quem são os parlamentares que mantinham relações diretas com o doleiro
Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal acusado
de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que
movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Segundo imagens captadas pelas
câmeras de segurança do prédio onde funcionava o escritório de Youssef,
em uma área nobre da zona Oeste da capital paulistana, os parlamentares
da Bahia não usavam os seus nomes públicos, com os quais foram eleitos,
ao se registrarem em visitas ao local. Negromonte, que nega ter qualquer
relação com o doleiro e diz apenas ter um irmão que trabalhava no
escritório do doleiro, se identificava como "Mario Silvio Mendes" (seu
nome completo é Mario Silvio Mendes Negromonte). Já Luiz Argolo, que se
chama João Luiz Ârgolo dos Santos, aparece nos registros apenas como
"João Santos". Na lista da PF, deputados de outros estados também
aparecem como regulares visitantes do local. Além disso, a matéria da
Veja ainda teve a acesso a comprovantes bancários de depositos feitos em
dinheiro vivo na conta do senador e ex-presidente da República Fernando
Collor que podem estar relacionados ao esquema de lavagem do doleiro.
Luiz Ârgolo usava o nome de 'João Santos' em suas visitas ao escritório de Youssef em SP