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Preço dos combustíveis volta a aumentar na Bahia; Mataripe vende mais caro que Petrobras

 

Preço dos combustíveis volta a aumentar na Bahia; Mataripe vende mais caro que Petrobras
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

Pela quarta vez seguida somente este ano, a Refinaria Mataripe, antiga Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, anunciou, no sábado (5), novo aumento no preço dos combustíveis na Bahia. Com o reajuste, a gasolina e o diesel ficam em média R$ 0,11 mais caros.

 

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis da Bahia, Walter Tannus, os preços praticados pela Acelen são os mais elevados do país e nos últimos 12 meses os postos já demitiram mais de 6.000 trabalhadores.

 

"Esses aumentos constantes da Acelen estão inviabilizando a economia baiana e penalizando o consumidor, que está sentindo o galopar dos preços, refletindo numa redução drástica do consumo”, alerta Tannus.

 

APÓS PRIVATIZAÇÃO

A Acelen, veículo do fundo árabe Mubadala, comprou a refinaria em dezembro do ano passado por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,7 bilhões, pela cotação atual). Segundo o Observatório Social da Petrobras, sua gasolina de Mataripe custa hoje R$ 3,32 por litro, R$ 0,14 a mais do que a média cobrada pela estatal. O diesel-S10 é vendido pela empresa a R$ 3,676 por litro, R$ 0,06 acima do praticado pela estatal.

 

Em janeiro, enquanto a Petrobras promoveu um reajuste em seu preço de venda do combustível, no dia 11, a Acelen anunciou três aumentos, nos dias 1º, 15 e 22.

 

Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) mostram que a gasolina nos postos da Bahia ficou 3% mais cara em janeiro, enquanto na média nacional o aumento foi de 0,9%.

 

Na última semana de janeiro, o preço médio da gasolina no estado ultrapassou a barreira dos R$ 7 por litro, chegando a R$ 7,024. Além da Bahia, quatro estados tinham preço médio acima desse patamar no mesmo período: Acre, Goiás, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

 

Para o jornal Folha de São Paulo, a Acelen disse que sua política de preços "é independente e distinta da política comercial praticada pela gestão anterior". "A Acelen segue parâmetros internacionais de preços e por esse motivo está sujeita às variações do mercado mundial de petróleo e da oscilação cambial", afirma.

 

A empresa destaca que o preço do petróleo teve forte valorização em 2021. Entre o último dia de dezembro e esta sexta-feira (4), o petróleo Brent, negociado em Londres, teve alta de 20%, chegando a superar os US$ 93 durante o pregão.