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Procurador do TCU recebeu auxílio-moradia mesmo com mansão em Brasília, diz coluna

 

Procurador do TCU recebeu auxílio-moradia mesmo com mansão em Brasília, diz coluna
Foto: Agência Senado

Mesmo morando em uma mansão no Lago Sul, área nobre de Brasília, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, recebeu mais de R$ 200 mil em auxílio-moradia entre os anos de 2015 e 2018.

 

O levantamento foi divulgado pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Furtado se beneficiou de uma decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), para receber o auxílio mesmo tendo imóvel próprio.

 

Em setembro de 2014, o magistrado determinou o pagamento do benefício, no valor de R$ 4.377,73, a todos os juízes e promotores do país que não tinham um imóvel funcional. A liminar foi revogada no fim de 2018, após o ex-presidente Michel Temer (MDB) reajustar os salários do STF para R$ 39,2 mil, teto do funcionalismo público.

 

Ainda segundo publicação, o subprocurador é autor de diversas representações para que o TCU investigue suspeitas de mal uso do dinheiro público e improbidade administrativa.

 

Conforme publicado, a casa de Furtado fica a cerca de 11 minutos da sede do tribunal em Brasília. A reportagem foi ao local na última terça-feira (15) e confirmou que Furtado mora na mansão. O procurador se encontrava na residência, mas alegou estar participando de maneira virtual de uma sessão do TCU e não atendeu a equipe do Metrópoles.

 

Procurado por e-mail, Furtado explicou que o auxílio-moradia "era uma complementação da remuneração de todos os juízes e promotores do país". "Eu receber não faz esse pagamento mais certo ou mais errado. Essa questão deveria ser feita a presidentes das associações de juízes e de procuradores".

 

O Metrópoles aponta, ainda, que Furtado recebe um salário bruto de R$ 35.462,22, segundo registros do Portal da Transparência do TCU, além de mais R$ 2 mil por mês de auxílio-alimentação e de outras vantagens indenizatórias, além de um ressarcimento de assistência médica que chega a R$ 5 mil.