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PROFESSORA É PERSEGUIDA POR APOIAR INCLUSÃO DE ALUNA TRANS EM ESCOLA PÚBLICA DE FLORIANÓPOLIS

 


NO DIA SEGUINTE AO PRIMEIRO TURNO das últimas eleições, a orientadora educacional Juliana Andozio, da Escola de Educação Básica de Muquém, em Florianópolis, foi confrontada pela mãe de dois estudantes. A mulher estava indignada por uma aluna trans de 16 anos, do nono ano, utilizar o banheiro feminino. Conforme relato da orientadora no boletim de ocorrência, a mãe, exaltada, chegou à escola para ameaçá-la, utilizando expressões como “você não vale nada” e “passa pano para coisas erradas dentro da escola”. 

Segundo Andozio, seis famílias queriam saber “qual banheiro a aluna trans usava”. “Queriam proibir as discussões sobre gênero na escola. E sobre orientação sexual, diversidade, a questão da mulher, da democracia, do grêmio estudantil”, afirmou. A orientadora foi denunciada à Ouvidoria Geral do Estado por outra mãe por comportamento antiético. A mãe alegou que a orientadora teria chamado seu filho de machista e homofóbico. 

Andozio, então, procurou o Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola, o Nepre, da Coordenadoria Regional da Grande Florianópolis, para mediação dos conflitos. A desavença foi temporatiamente resolvida – até que, no ano seguinte, as famílias alegaram que Andozio estaria promovendo doutrinação ideológica, com a implantação de um banheiro unissex e a indução de sexualização de crianças na escola.